sábado, 17 de abril de 2010

CIBERCULTURA _ Cap.VII (O Movimento Social da Cibercultura) Pierre Lévy.LÉVY, Pierre.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. Cap VII


Pierre Lévy nasceu numa família judaica. Fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. Trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em inteligência coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. É membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Canadense de Ciências e Humanidades).É autor de livros como Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. 260 p; Filosofia world: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Lisboa: Instituto Piaget, 2000. 212 p; A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001. 189 p.;entre outros.


Ao desbruçar-me sobre a leitura do texto " Movimento Social da Cibercultura " do filósofo Pierre Lévy, vários questionamentos foram surgindo. Ciberespaço será que conheço bem? Pra que serve? Espaço de construção de conhecimento? Interação ou distanciamento entre os sujeitos? Bom, tenho que confessar que sempre me coloquei tão dispersamente sobre esses assuntos, agora me vejo refletindo sobre esses temas, e o melhor, tendo que expor minhas idéias a respeito destes que julgava sem grande importância para nós individuos. Lévy de forma pertinente aborda essas dúvidas que trazia comigo. Segundo Lévy (1999), o ciberespaço não é uma infra-estrutura técnica particular de telecomunicação, o mesmo ressalta que o ciberespaço é o espaço virtual de interação entre os sujeitos, que visa por meio de qualquer tipo de ligações físicas, um tipo particular de relação entre as pessoas. O autor ainda afirma, que são três os princípios que orientaram o crescimento inicial do ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva."Para além de uma física da comunicação, a interconexão constitui a humanidade em um contínuo sem fronteiras,cava um meio informacional oceânico,mergulha os seres e as coisas no mesmo banho de comunicação interativa"(Lévy;p.127;1999).
"Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses,de conhecimentos,sobre projetos mútuos,em um processo de cooperação ou de troca,tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais"(Lévy;p.127;1999).
Um grupo humano qualquer só se interessa em constituir-se como comunidade virtual para aproximar-se do ideal do coletivo inteligente,mais imaginativo,mais rápido,mais capaz de aprender e de inventar do que um coletivo inteligentemente gerenciado."(Lévy;p.130;1999).
Em seguida, Lévy traz um trecho que me chamou bastante atenção:
 "Para aqueles que não as praticaram,esclarecimentos que,longe de serem frias,as relações on-line não excluem as emoções fortes. Além disso, nem a responsabilidade individual nem a opinião pública e seu julgamento desaparecem no ciberespaço. Enfim,é raro que a comunicação por meio de redes de computadores substitua pura e simplismente os encontros físicos:na maior parte do tempo,é um complemento ou um adicional".(Lévy;p.128;1999).
Diante desse trecho do livro de Pierre Lévy busquei refletir os contrapontos dos ciberespaços que até então julgava sem muita importância, mas acabei me dando conta que no mundo corrido que vivemos hoje os ciberespaços são essenciais, visto que facilita a comunicação entre os sujeitos, fazendo com que haja  essa interação diante das informações que chega todos os dias aos nossos olhos.
Por fim, Lévy ressalta que o ciberespaço.
"(...)surge como a ferramenta de organização de comunidades de todos os tipos e de todos os tamanhos em coletivos inteligentes,mas também como o instrumento que permite aos coletivos inteligentes articularem-se entre si."(Lévy;p.133;1999)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pela Internet : Gilberto Gil


Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje

Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé

Um barco que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Num site de Helsinque
Para abastecer

Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar
O chefe da milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão

Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar


A composição de Gil é marcada por uma sucessão de frases que evidencia o avanço da tecnologia na nossa sociedade, nos convidando a fazer parte do ciberespaço, sendo assim um dispertar para a inclusão digital.

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Gilberto Gil fala sobre prós e contras da tecnologia x música.

Trechos da entrevista com Michel Serras no Programa Roda Viva.


 Michel Serres nasceu na França em 1930. Filósofo, tem formação em ciências exatas, como matemática e física,  é também historiador da ciência e epistemólogo e seus trabalhos são tão variados quanto sua ampla formação. Seus trabalhos refletem preocupações com questões éticas suscitadas a partir da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki. Serres é um intelectual comprometido com o uso do saber e da comunicação na construção da paz. 

- Simbiose



- Evolução Humana

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX (BONILLA)

BONILLA, Maria Helena. A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX. In: PRETTO, Nelson De Luca. Tecnologias e novas educações. Salvador: EDUFBA, 2005. p. 70-81.

O texto " A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX ", da autora Maria Helena Silveira Bonilla inicia fazendo uma abordagem sobre os aspectos de mudança altamente contraditórios e desiguais que a sociedade e o âmbito escolar vem vivenciando. Segundo Bonilla (2005), essas transformações, ao mesmo tempo em que são oriundas da cultura, levam-nos a um profundo reexame das principais premissas e valores da nossa cultura, dos modelos conceituais que explicavam e justificavam a forma como construíamos conhecimento e nos relacionávamos. Bonilla afirma ainda que essas transformações ocorrem quando há uma mudança na idéia geral de ordem, se apoiando em Bohm a autora fala dessas diferentes ideias de ordem , utilizando a cosmovisão da sociedade Medieval, Moderna e Contemporânea. Em outro momento Bonilla explicita em seu texto a práxis pedagógica, confesso que este momento foi o que mais chamou minha atenção, pois a autora questiona a escola atual que trabalha no sentido da reprodução e transmissão do modelo hegemônico, fechada à exterioridade. Um dos trechos em especial me chamou atenção "(...) precisa ocorrer uma transformação na sala de aula.Não basta apenas melhorar o que está posto,é necessário que ocorra uma transformação profunda, que incorpore as novas formas de ser, de pensar e de agir que estão emergindo na contemporaneidade, principalmente com a presença das tecnologias da informação e da comunicação, tanto na vida de fora como de dentro da escola."(Bonilla;p.78;2005)". Identifico nessas palavras de Bonilla, o desejo por uma visão mais aberta nas escolas e em outros espaços a respeito dessas transformações, porém o que se verifica hoje é grande resistência as tecnologias da informação e da comunicação, visto que muitos de nós inclusive os educadores não sabem lidar com essas fervorosas mudanças.

Educação e Tecnologias Contemporâneas

A impressão das primeiras aulas...

As primeiras aulas foram repletas de informações. A disciplina é extremamente instigante.
Muito impressionante como conseguiu despertar o interesse, desde já, de conhecer mais o mundo virtual. Espero que o semestre seja bastante produtivo, pois é uma oportunidade de nos familiarizarmos com as novas tecnologias e aplicá-las no nosso dia-a-dia.


"(...) as tecnologias transformam as linguagens, os ritmos e modalidades da comunicação, da percepção e do pensamento, operam com proposições, extriorizam, objetivam, virtualizam funções cognitivas e atividades mentais,devem ser vistas como possibilidade de criação, de pesquisa, de cultura, de re-invenção. É necessário entendermos a tecnologia não apenas como o fazer, mas também como o dizer, o entender, o intencionar o que se faz." ( BONILLA, pág 79, 2005)