sábado, 9 de outubro de 2010

Para Painho...

Tudo nessa vida derrete
Mesmo o que nao me parece tao frio…
E o que me aquece, nem sempre esquenta alguem.
Eu inverno quando estou meio perdida.
Eu me entendo se veraneio em pensamentos que voam no vento,
Talvez voem com os ventos…
E eu vou,
brinco com os bonecos de neve e ateh me congelo.
As vezes esses bonecos sao interessantes,
nohs os vemos pateticamente enfeitados para uma estacao,
Para serem apreciados… ou nao… No minimo expostos… para nada.
Cheios… de neve. Apenas neve.
Quando esses “bonecos vazios” surgem, observo,
E, as vezes, me escondo em cobertores, me protejo com capas, meias e luvas,
Porque as luvas nao deixam digitais.
Gosto das pegadas na neve,
Mas as vezes nao quero deixar as digitais,

Digitais sao muito pessoais.
Quero a primavera.
Muitas flores me esperam
E tem flores que colorem meu dia,
Tem outras que necessitam mais cuidados.
Um dia eu pensei que nao existissem flores feias,
Mas me espantei com a feiura de algumas delas…
O melhor eh que nao precisei fazer nada,
Elas murcharam.
Quando chorei por essas flores, vi que voltei ao inverno,
As lagrimas eram pequenas goticulas empedradas.
Nao vale a pena congelar o que nao serve…
Eu penso:
“Na verdade, essas feiosas devem ser bonecos de neve disfarcados em flores”.
Muitas vezes atropelamos fatos… estacoes.
Volto ao verao, entao.
Tudo derrete no verao.
E se as folhas parecem-me cheias de cor,
O outono vem e prova que nao.
A obra de arte de Deus eh completa,
delicada,
mais do que honesta, eh real.
E por ela eu me derreto de amor.
Porque depois de tempestades de flores que enganam, sempre permanece o que ha de melhor em mim.
Certamente, eh o amor.
Este sim eh importante,
Ele se congela pra me mostar o que eh bom, floresce em minha alma, cai sobre o meu coracao e o fertiliza e ainda me faz derreter.

Painho embora o tamanho do seu ciúme seja proporcional a sua teimosia.  “Voce eh assim, um sonho pra mim". Desculpas minhas falhas, TE AMO sem noção...

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